Os corvos são animais fascinantes, A inteligência característica da espécie é o ponto responsável por um dos comportamentos dessas aves que mais intrigava os cientistas: o “velório” de um semelhante. Se você não entendeu, o que ocorre é que, se os corvos percebem que algum companheiro está morto, eles se reúnem até em dúzias ao redor do corpo.
Cientes disso, os biólogos Kaeli Swift e John Marzluff, da Universidade de Washington, nos EUA, procuraram analisar esse comportamento para entender o real motivo que leva as aves a desenvolvê-lo. A conclusão foi de que esse ritual se trata de um momento de estudo no qual as aves procuram verificar o que causou a morte de seu semelhante e como podem evitar situações que as levem ao mesmo fim.
Dependendo do motivo relacionado à morte da ave, os outros corvos podem tirar informações importantes, pois são capazes de gravar rostos de outras criaturas e guardá-los por até seis semanas na memória. Eles também conseguem memorizar situações e trocar informações com os demais integrantes de seu grupo, avisando para evitar as circunstâncias que analisaram como perigosas.
O estudo
Pesquisas anteriores já indicavam a capacidade de memorização dos corvos. Por isso, é comum os cientistas usarem máscaras para obter qualquer tipo de análise em contato com essas aves.
Segundo o site Mother Nature Network, para iniciar esse estudo, Kaeli Swift espalhou amendoins e folhados de queijo no chão para atrair as aves. Enquanto ela observava à distância, outra pessoa, com uma máscara de látex, foi até a concentração dos animais carregando um espécime de corvo empalhado. Nesse momento, as aves que estavam se alimentando passaram a atacar o mascarado.
Isso aconteceu só porque ele carregava o animal morto. Como dito, os corvos gravam o que representa ameaça, nesse caso, a face da pessoa, então, mesmo que ela retorne de mãos vazias nas próximas seis semanas, ela será repreendida. Eles evitam até mesmo a fonte de comida que haja no local se avistam uma pessoa com um corvo morto nas mãos.
A situação não se repete se, por exemplo, o pássaro morto for um pombo. Nesse caso, segundo a constatação, eles vão cercar o indivíduo por apenas 40% do tempo usual. Além disso, não se importarão em retornar ao local da fonte de comida.
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